Muito hoje se fala em reciclagem de resíduos. Claro que toda reciclagem é bem vinda e nenhuma é melhor que a outra, todas importam, mas tem uma reciclagem hoje que não se fala muito e que é tão nociva como as outras: a reciclagem correta de medicamentos.
Quando descartamos um medicamento incorretamente no lixo comum, na pia ou na privada, ele, invariavelmente, vai parar nos rios e mares e, apesar da sua pequena concentração não fazer mal aos humanos, ela pode ser nociva a flora e fauna aquática.
“Aqueles resíduos no ambiente vão afetar a base da cadeia alimentar – os micro-organismos, os peixes pequenos… E quando se afeta a base, indiretamente se afeta toda a estrutura”, explica Tânia.
Há inclusive alguns estudos que relacionam a presença de hormônios femininos e outros contaminantes na água com a feminização de peixes e a formação de óvulos em animais machos, indicando que mesmo pequenas quantidades do estrogênio usado em pílulas anticoncepcionais podem levar ao colapso de algumas espécies. Outro grande problema que pode ser causado pela contaminação de fármacos se refere ao desenvolvimento de superbactérias resistentes a antibióticos.” (http://www.ufrgs.br/secom/ciencia/residuos-de-medicamentos-e-hormonios-na-agua-preocupam-cientistas/)
O Brasil, desperdiça, em média por ano, 13 mil toneladas de resíduos de medicamentos. O que parece, e é muito.
O que podemos fazer pra prevenir isso:
Enquanto pessoas físicas, podemos descartar na farmácia mais próxima que tenha coletor. Isso já é uma ajuda e tanto para medicamentos vencidos. Mas o que fazer com medicamentos em desuso e na validade ainda? Pra isso existe a PegMed. Uma de nossas plataformas permite que numa parte do cadastro, a pessoa que quer fazer o bem e ajudar o meio ambiente, cadastre esse medicamento que ela tem sobrando na validade, em outra parte da plataforma, quem necessita se cadastra para procurar medicamentos, por geolocalização damos o match e a doação é combinada. Como se fosse um “uber” dos medicamentos, inclusive, com avaliação de ambas as partes após a troca realizada. Tudo gratuitamente.
E para Indústrias, laboratórios, distribuidores de medicamentos e associações de farmácia?
O caminho usual deles é a logística reversa e incineração, a altos custos monetários para a indústria e um custo ambiental para o clima, pois os gases dessa incineração vão para a atmosfera.
Pensando nisso a PegMed elaborou uma plataforma tecnológica para a indústria. Onde, numa ponta, a indústria cadastra essa sobra de medicamentos e na outra ponta, instituições de caridade se cadastram para receber esses medicamentos, com isso a indústria economiza na logística reversa e incineração, e o principal, ela agrega valor a marca, sendo uma empresa responsável social e ambientalmente.